A importância da interação público/escritor

maio 21, 2020


 

Infelizmente essa geração, nascidos após o ano 2000, mais precisamente os nascidos após 2010 nessa era tecnológica, não são muito fãs da leitura, da pesquisa, (não estou falando que são todos, mas uma parcela sim). São pessoas, adolescentes, jovens que querem tudo para o agora, não dando o tempo necessário às coisas. Por terem nascido nessa era, o tempo não é tão precioso assim, não é tão valorizado, já que se quero e se posso, consigo em instantes. Não sei se você já parou para pensar em como era a vida dos nossos avós, dos nossos pais, meados de 1940 até por volta de 1990 em que o avanço tecnológico começou a ter força aqui no Brasil, com o surgimento da internet, criação de sites e blog, etc. Não sei se você já perguntou para seus familiares dessa época ou você que está lendo é dessa época e começa a recordar e ter lembranças desse tempo, uma nostalgia começa a aparecer e não é um sentimento ruim, é um sentimento bom, de ter vivido e estado naquele momento. Eu já perguntei para os meus e sabe o que eles disseram? Que aquela época era boa, que não se preocupavam com muitas coisas, só com o necessário, pois viviam na mais pura simplicidade. Quantos de vocês já acordou cedo, antes das 6 da manhã e abriu a janela e olhou para os primeiros raios solares? Quantos de vocês ao acordar fez aquele café gostoso e foi tirar leite fresco da vaca? Quantos de vocês ao acordar foi logo para o galinheiro alimentar as galinhas e pegar os seus ovos? Quantos de vocês simplesmente parou para apreciar o dia e agradecer por ele?

Eu sei que é meio estranho e parece que isso são coisas que ocorreram há muito tempo e não são, naquela época esse era o estilo de vida na grande parte do país antes do êxodo rural que foi a saída de uma grande parte da população rural em direção aos centros urbanos, às cidades, pois tinham a falsa esperança de que na cidade grande seria melhor, receberam várias promessas, a maioria falsa, de sonhos que nem se realizariam, e quando chegavam nas grandes cidades, São Paulo (exemplo) viam que não era bem aquilo e muitos ou voltaram ou ficaram, a maioria ficou pois não tinham dinheiro para retornar e muitos deles viraram moradores de ruas, desempregados, prostitutos(as), não por opção mas por pressão dessa sociedade que sempre foi injusta, sempre foi má, cruel, fora o aumento da poluição, e estamos vivenciando agora essa consequência.

Só para vocês terem uma noção, segundo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 1960 a população rural brasileira era de 38 milhões de brasileiros e a população urbana era de 32 milhões ou seja 55% viviam no campo e 45% viviam nas cidades, atualmente 85% vivem nas cidades e 15% vivem no campo, no censo de 2010, quase 30 milhões de pessoas ainda habitavam a área rural e mais de 160 milhões habitavam as cidades. E vocês devem estar me perguntando o porquê disso tudo, se o tema do texto era a importância da interação público/escritor, pois bem, eu fiz essa introdução para vocês terem noção um pouco de como isso tudo começou, resumindo, antigamente os hábitos eram outros, a maioria da população não tinha acesso a muitas coisas e para conquistar tal produto tinham que trabalhar muito e quando conseguiam adquirir esse produto, ele era super valorizado pois foi com muito suor e sacrifício para compra-lo. Antigamente não tinha muitos tipos de roupas, não tinham TVs em certa época, não tinham celulares, não tinham comidas industrializadas, então o valor das coisas, o valor dos produtos era apreciado, e esse valor que estou falando são os valores da importância, de reconhecer que aquilo é seu pelo seu sacrifício. Acho que você entendeu o que quis dizer. Meus avós, meus bisavós sempre foram do campo, sempre tiveram plantações, e a nossa família, meus pais, minha irmã e eu sempre prezou esse valor, nós fomos e somos muito bem educados e até hoje o feito de outro vale muito, a importância de tal coisa e isso eu acho que todo mundo tinha que ter consigo, dentro de cada um, princípios e valores, valores éticos, morais, valores humanos, enfim, meus avós como eu disse sempre plantaram e não tinham e ainda não tem essa vontade de consumir e seguir a globalização e eu acho isso simplesmente fantástico, eles conseguirem isso, não foram consumidos por essa indústria, por esse mundo capitalista.

Recapitulando o título do texto: a importância da interação público/ escritor, e no decorrer desse texto você terá noção de onde eu quero chegar e o porquê os jovens de hoje estarem como estão.

Vamos lá: Década de 60/70/80, o diálogo era valorizado, o contato pessoal era valorizado, a confiança era valorizada, para você conseguir algo você tinha que falar, você tinha que dialogar, aí já vemos que atualmente o que menos tem entre indivíduos da espécie humana é o diálogo, antigamente para você conseguir se comunicar com seus parentes, amigos, você precisava ou ir na casa dessa pessoa, por meios de transporte bem diferentes, ou você ia de charrete, ou de trem ou a pé ou você precisaria escrever uma carta, aí vemos outra coisa que os jovens de hoje fazem menos, que é escrever.

Chegamos agora na importância da interação do público/ escritor. Eu, nascido em 1995 já no começo dessa era tecnológica, nos primeiros anos de minha vida, não tive acesso as coisas que os jovens de hoje tem, como celulares, computadores, videogames, internet entre outras coisas, e para minha família conquistar isso, foi batalhado e até hoje eu sei dar valor a isso. Na escola, aulas, os trabalhos eram feitos com livros pois não tinha internet, as nossas brincadeiras, minha brincadeira era piques, jogos ao ar livre, queimada, criação de histórias, brincávamos de sermos professores, escrevendo com giz os portões de metal da garagem, eu, minha irmã e meus primos. Assistíamos desenhos que naquela época eram ótimos.

Crescemos, eu cresci e já tinha conseguido um computador, que por sinal está comigo até hoje, mais de 10 anos, o primeiro e único, ainda em funcionamento, agora tínhamos o famoso e falecido Orkut e o msn, foi nessa época que conheci o blog, os sites e poder entrar em um e pesquisar sobre qualquer tema e assunto, isso era incrível e ainda é incrível, pesquisar sobre moda, estilos, arquitetura, decoração, paisagismo, literatura, escrita sempre me fascinou. Uns dos primeiros sites/blogs que acessava era da abril, capricho, e se dependesse de mim, ficaria horas lendo e lendo.

Quando comecei a escrever e postar, eu ainda não tornava público, apenas escrevia para mim e foi em 2015 que criei de fato esse blog “o universo no olhar” para deixar público os meus pensamentos, as minhas histórias, os meus textos, o que eu gosto, vivo, identifico e defendo. No começo tinha o objetivo um pouco diferente envolvendo fotografias mas o tempo foi passando e percebi que deveria escrever e focar mais em histórias que tratam do indivíduo, da pessoa, de você, dos seus problemas, dos meus problemas, dos nossos problemas, das nossas lutas diárias tanto em relação a essa sociedade que só glorifica uma determinada classe social e um tipo de ser humano padrão, quanto as nossas vontades internas. Crônicas românticas e reflexivas que trata de assuntos que estão dentro de nós e que por medo fazemos de tudo para ignorar e deixar de lado, despercebidos, seja o medo, a insegurança, o querer ter o corpo perfeito, a aparência perfeita, o medo de ser simplesmente nos mesmos, o medo da aceitação, o medo da felicidade, pois essa sociedade de geração em geração foi impondo e impondo que isso era certo e aquilo era errado e isso foi ficando e entrando no nosso consciente e foi se alojando no nosso subconsciente e acabamos por acostumar e sequer questionamos o porquê disso e aquilo. Por que eu sou assim, porque eles querem que eu seja assim, porque eles acham que isso é errado e só o que eles pregam é o correto. Passamos a viver em um mundo alienado, um mundo sem questionamento, um mundo sem conhecimento, vivemos com medo, vivemos presos nessa sociedade padronizada estereotipada que nos massacram cada vez mais.

Eu sempre gostei de escrever, tinha vezes que queria dar a minha opinião em certos assuntos e por medo não falava, não escrevia, mesmo sendo o correto a fazer e mesmo sendo meu site, meu espaço, mas já viram né, quando se trata de internet tudo pode acontecer, um simples A pode virar um B ou até um C e no começo ele era o simples A e não tinha nada de complicado.

Quando comecei a escrever e tornar público foi muito bom, e quando uma simples pessoa, um simples consumidor do meu trabalho, pois sim, escrever, publicar, ser escritor é trabalho e eu não faço isso só por hobby, só por distração, eu faço isso por que eu quero que vocês leiam, eu quero passar um pouco do que eu vivi, do que as pessoas passam e quero que se identifiquem e não tenham medo de serem vocês mesmos, e, quando uma simples pessoa me parabenizou pelo que escrevo, pelo que passo, isso me tocou de uma forma, que só quem escreve e já passou por isso sabe. Eu sei que além do meu blog, milhares de outros blogs e conteúdos são postados e consumidos por dia, eu sei que estou concorrendo por visualizações com os blogs mais famosos, estou concorrendo com vários autores e escritores famosos, e estou até disputando notoriedade com a Anitta, a querida Ivete e com diversos criadores de conteúdos com um público imenso, mas quando eu sei que uma pessoa se identificou com o que escrevo, quando eu sei que a minha crônica tocou de tal forma nessa pessoa, isso pra mim já valeu a pena, já é gratificante.

Muitos só tem números, visualizações, seguidores, comentários. Muitos tem sim conteúdo de verdade, conteúdo relevante, porém muitos só estão aqui por aparência, pela sua beleza, pelo seus corpos sarados. Muitos recebem comentários: “Lindo”, “Perfeita”, “gostoso(a)”, “que corpo”, mas por dentro ainda estão presos a essa rede, a essa teia de querer estar dentro do padrão, PADRÃO, palavra que nem deveria existir, que de padrão não tem nada, pessoas que por dentro estão tristes, solitárias, deprimidas, presas no seu mundo, dentro do seu próprio medo, o medo de não ser aceito, o medo de não estar no grupo perfeito, o medo de ser quem é.

Quando eu escrevo, quando eu torno público meus pensamentos, minhas ideias, meus ideais, o que eu defendo, sim, não vou ser hipócrita, eu quero que vocês interagem comigo, eu quero que vocês curtam, comentem, compartilham, para eu poder saber se estou no caminho certo, eu preciso de um feedback, de um retorno, tanto positivo quando negativo para saber em que posso melhorar e poder continuar. Quando eu torno público, dou publicidade às minhas ideias, essa interação é fundamental, é uma troca de ambas as partes, de um lado, eu lhes ofereço meu conteúdo e do outro lado, vocês retribuem com o que acharam e isso só é possível, eu só saberei se isso chegou a você, se isso te tocou se você curtir, comentar e compartilhar.

Segundo fontes de vários sites, jovens nascidos nos anos 2000, (agora voltando ao começo do texto), tem dificuldade de se relacionarem, pois são individualistas e só conhecem o mundo digital, falta o diálogo, não conversam pessoalmente, não tem esse contato humano e isso é muito prejudicial. Muitos jovens não tem o hábito da leitura, só ficam em redes sociais, em bate papo, rolando a tela para cima e para baixo e tentando mostrar para seus amigos virtuais que possuem uma vida perfeita. Muitos jovens nem sabe o que é um blog, por incrível que pareça, tem gente que não sabe. Eu quando comecei o meu, pesquisei muito e ainda pesquiso o conteúdo, o que devo trazer para vocês e é um estudo, uma busca diária. Muitos jovens tem preguiça de pesquisar, de se interessar por algo, por algum assunto, não conseguem desenvolver a fala e isso tem explicação: a tecnologia foi colocada nas suas vidas desde cedo, desde o nascimento, crianças vidradas em telas de celulares o dia inteiro, jovens trancados no quarto, e estudos científicos e médicos já falam que o uso prolongado de qualquer aparelho eletrônico prejudica a visão, pois a luz é toxica a retina. Eu estou me policiando e ficando menos tempo conectado.

Muitos jovens estão se isolando do mundo real, das pessoas, e isso é muito prejudicial, a falta o diálogo com os pais, mas não quero generalizar pois não sei como é o convívio entre as famílias, o querer ser ajudado e a busca tem que vir de ambas as partes. 

Quando eu falo que quem escreve e tem um site precisa de retorno, eu estou falando que precisamos estimular mais pessoas a se interessarem por aquilo que escrevemos e essa tarefa não é fácil. Como eu disse, muitos jovens dessa geração, só se preocupam com redes sociais e tem preguiça em abrir o navegador, digitar um site, abri-lo e ler, essa geração quer tudo para o agora, não apreciam o tempo, e o tempo também precisa de carinho, de atenção, porque se não dermos a devida atenção, ele vai passar e depois não vai voltar mais. O tempo em ler foi perdido, o gosto da leitura foi perdido e como reverter isso? Como estimular jovens e mais jovens a se interessar pela leitura, a voltarem a ter tempo de pesquisarem, de consumirem informações com sabedoria? É uma pergunta complexa e que eu tento responder compartilhando o pouco que sei com vocês, passando meus pensamentos, minhas vivencias, minhas histórias nesse espaço. Por isso eu te falo, se você leu, se identificou, algo que eu escrevi te tocou, por favor, me diga que você está aqui. Curte, comenta, compartilha, vamos fazer a diferença juntos, a cada curtida, comentário, compartilhamento que vocês fazem, maior é o alcance das minhas publicações e mais pessoas poderão conhecer o que escrevo e o que quero passar. O Algoritmo dessas redes sociais e sites são muito funcionais e se o que eu escrevi teve retorno, eles absorvem essa informação como relevante e aí fazem aparecer para mais pessoas, seja na busca em navegadores, a feeds das redes sociais e se você não interagir, o algoritmo entende que o que eu publico não é tão relevante assim e começa e reduzir meu alcance, não envia mais. Então você interagindo mais comigo me ajuda bastante, muito mesmo. Me ajuda que eu te ajudo. Vamos fazer a diferença juntos?


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Olá. Se você acessou , leu e resolveu comentar é porque gostou ou se identificou com o que escrevo e por consequência , comigo. Então , seja gentil , não faça comentários sobre religião , sexo , raça ou que desonre algo , isso é contra os meus princípios e queremos um lugar tranquilo que possamos nos entreter , não é ? Então seja bem vindo e comente muito. Abraços

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