Monocromia
novembro 06, 2019
Cromático era um bairro que ficava no centro de um feixe de luz, na cidade das ondas, no estado das leis da física, a rodovia principal arco íris ligava o aeroporto ao metrô, ambos funcionavam na velocidade da luz, o princípio da óptica era o centro comercial, lá vendia de tudo e toda ação tinha sempre sua reação. Voltando ao bairro cromático, fundado ha séculos, viviam famílias muito bem decididas e influenciadoras de tudo, era a família primária, constituída das cores vermelha, amarela e azul; se achavam, pois todas as outras famílias se descendiam delas; a família secundária constituída das cores magenta, ciano, verde, violeta e rosa e a família terciária constituída das cores azul arroxeado, verde oliva e vermelho alaranjado. No centro da cidade ficava expostas as estátuas dos fundadores, o casal cores branco e preto. Todos tinham total respeito e admiração, foram eles que ensinaram como serem, como agirem, respeitarem os outros, principalmente não terem vergonha de serem quem são. Um certo dia a cor azul que se achava o centro das atenções começou a criticar as cores ciano, magenta e verde, dizendo que ambas não tinham luz própria e precisava dele para existir, tristes, as cores saíram correndo contar para a cor rosa que também era secundária e entenderia a situação, chegando lá, foram desprezados pela mesma, que mesmo sendo igual as outras, se achava só porque era a união de um pouco de vermelho e do mais puro branco.
O fluxo seguia, leis iam e vinham, os princípios sempre estavam lá e a velocidade das coisas foram passando.
Cansados de serem humilhados, as cores secundárias saíram do seu bairro, passaram pela rodovia arco íris, era linda pois tinha as cores de vários deles e eles se identificavam com aquele local. Chegando no centro da cidade, foram até as estátuas dos fundadores e pediram conselhos sobre o porquê das cores primárias sempre zombaram deles. Uma luz desceu e iluminou tudo e disse-lhes: - meus filhos, quando tudo isso foi criado, já existia uma força que vai além da compreensão de todos, o casal fundador foi um dos primeiros a chegar aqui; a cor branca era bela, feliz, todos a adoravam; a cor preta era engraçada, brincalhona e todos prezavam a sua presença; a cor branca ao ser iluminada pelos feixes de luz igual a mim, de tão pura que era, não absorvia nada de negativo e refletia todos os raios luminosos, todas as cores, com clareza máxima; já a cor preta era o oposto da branca, por mais que fosse iluminada, nunca refletia, devolvia nada; guardava, absorvia tudo para si. Para poder criar vocês, eles se sacrificaram e foi a partir desse dia que vocês nasceram. Porém eles não desapareceram totalmente, estarão sempre com vocês, dentro de cada um; a cor azul é assim com vocês porque ela se sente sozinha, sem ninguém, porque ela é só uma coisa, não encontrou a sua metade; se ela não perceber isso, ela nunca irá mudar. Vocês, magenta, ciano, verde e violeta, são compostas pelas cores azul, vermelha, verde, ciano e amarelo, magenta e azul e estão completas, já ele, não; ele só é o azul , o simples azul -. Percebendo isso, ciano saiu em direção do azul e quando o encontrou, abraçou de uma forma que o azul só aceitou e não fez mais nada. Desta linda fusão surgiu o celeste, a cor mais rara e a cor daquele lindo céu que cobria a cidade. Azul, assim como as outras cores primárias, não era prepotente, ele só se sentia vazio, incompreendido, incompleto.
Cansados de serem humilhados, as cores secundárias saíram do seu bairro, passaram pela rodovia arco íris, era linda pois tinha as cores de vários deles e eles se identificavam com aquele local. Chegando no centro da cidade, foram até as estátuas dos fundadores e pediram conselhos sobre o porquê das cores primárias sempre zombaram deles. Uma luz desceu e iluminou tudo e disse-lhes: - meus filhos, quando tudo isso foi criado, já existia uma força que vai além da compreensão de todos, o casal fundador foi um dos primeiros a chegar aqui; a cor branca era bela, feliz, todos a adoravam; a cor preta era engraçada, brincalhona e todos prezavam a sua presença; a cor branca ao ser iluminada pelos feixes de luz igual a mim, de tão pura que era, não absorvia nada de negativo e refletia todos os raios luminosos, todas as cores, com clareza máxima; já a cor preta era o oposto da branca, por mais que fosse iluminada, nunca refletia, devolvia nada; guardava, absorvia tudo para si. Para poder criar vocês, eles se sacrificaram e foi a partir desse dia que vocês nasceram. Porém eles não desapareceram totalmente, estarão sempre com vocês, dentro de cada um; a cor azul é assim com vocês porque ela se sente sozinha, sem ninguém, porque ela é só uma coisa, não encontrou a sua metade; se ela não perceber isso, ela nunca irá mudar. Vocês, magenta, ciano, verde e violeta, são compostas pelas cores azul, vermelha, verde, ciano e amarelo, magenta e azul e estão completas, já ele, não; ele só é o azul , o simples azul -. Percebendo isso, ciano saiu em direção do azul e quando o encontrou, abraçou de uma forma que o azul só aceitou e não fez mais nada. Desta linda fusão surgiu o celeste, a cor mais rara e a cor daquele lindo céu que cobria a cidade. Azul, assim como as outras cores primárias, não era prepotente, ele só se sentia vazio, incompreendido, incompleto.
Azul só precisava de um abraço.
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