Caos

novembro 15, 2019

Estava eu sozinho, parado no caminho. Multidões de pessoas passando tão rapidamente que pareciam estar em transe, vagando sem direção, com aquele objeto na mão. De um lado para o outro, vidrados naquela tela que tanto veneram. Seria um Deus aquele objeto ferroso, que cabia na palma da mão, até no fundo do bolso?
Fico pensando: o que de tão especial tem aquele mero metal, em que pessoas se filmam, se mostram, para ganhar curtidas a mais nas redes sociais.
Eu fui passando, um por um, zumbis, reféns daquela tecnologia, em que o que mais valia não era o ser e sim ter o que os outros mais queriam. 
Vivendo por aparência, em uma vida pobre, sucumbido a sempre mascarar a sua verdadeira essência. 
Não olham, não dizem, não estão presentes. O contato foi se perdendo, o convívio foi se perdendo, a vida em sociedade foi se perdendo, a cordialidade foi se perdendo, o companheirismo foi se perdendo. Zumbis tecnologicos, se arrastando entre nós. O individualismo se mostrando, sozinhos por dentro e por fora, presos em uma realidade que dia após dia os consome, os devora. Uma força que suga toda a esperança, toda humanidade. 
Será que nessa sociedade ainda existe alguém que não se deixou tomar por essa tal atrocidade? 

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